quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ensaio sobre a tristeza


Não há explicação científica que me convença.
A tristeza é inerente ao ser humano.
E se sentir assim é um benefício à humanidade.
Afinal, viver num eterno comercial de creme dental não dá.
Cansa os músculos e a paciência.
Sabe a felicidade imutável dos iludidos, os últimos a saberem a tragédia própria em que estão submersos?
Ser feliz assim não quero. Essa felicidade é tristemente infeliz.
Quero dizer... pessoas! Sejam tristes ao menos um dia... uma hora.
Porque??
Porque a tristeza é útil. Para conter ânimos sem noção desagradáveis.
Para nos humanizar, sim... pessoas que não sentem tristeza não são solidárias com pessoas tristes.
Mas acima de tudo... fique triste simplesmente por não saber porque...
É a espera, é o medo, a incerteza e até mesmo a angústia de ser feliz.
Sinto que pelo menos uma vez ao dia fico triste... por não  ser uma pessoa melhor e por não ter mudado o mundo, inlcusive o meu mundo.
É na verdade a ausência de tristeza que me deixa triste as vezes.
Como agora que anseio em querer as respostas de perguntas que não fiz ou que se quer as tenho.
A eterna insastisfação... Mesmo quando encontramos a saciedade...
Por isso, ensaio a tristeza de vez em quando... ensaio mal para não ter que estrelar esse malfadado espetáculo.